PROMESSA DE EMPREGO | O Tribunal Regional Federal da
3ª Região (TRF-3) decidiu manter a condenação de André Luis Sales Cunha,
denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por participar de um esquema
de tráfico humano que levou brasileiros para Mianmar.
As 12 vítimas, que eram obrigadas a aplicar golpes pela internet em condições
análogas à escravidão, foram resgatadas em 2022. A decisão do tribunal é do
final de maio, mas o sigilo só foi levantado recentemente, segundo o MPF, que
divulgou o caso nesta quarta-feira (6).
O cearense André Luis Sales Cunha, de 24 anos, preso por suspeita de levar
jovens para trabalhar em situação semelhante à escravidão em Mianmar, no leste
asiático, ostentava nas redes sociais com fotos de viagens internacionais e
passeios. O sobralense foi identificado pela PF durante investigações após o
resgate de dez jovens brasileiros, sendo seis de Sobral..
Conforme informações da polícia, André recebia de um grupo criminoso de Mianmar
500 dólares para cada jovem recrutado que ele conseguia levar.
A imagem de homem bem-sucedido era um dos artifícios usados pelo suspeito para
atrair as vítimas para fora do Brasil com a promessa de um emprego dos sonhos
na Tailância, incluindo 1,5 mil dólares por mês de salário, sem custos de
moradia ou alimentação.
Os jovens aceitavam essa proposta, mas quando chegavam na Tailândia, a
realidade era totalmente diferente. De lá, as vítimas foram levadas a Mianmar,
para uma espécie de cativeiro, onde foram obrigadas a trabalhar numa condição
análoga à escravidão.
Informações exclusivas de O GLOBO, complementando a matéria publicada pelo
g1-CE na época da prisão.
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