Criminosos têm se mobilizado com inteligência
artificial (IA) para produzir vídeos e conteúdos falsos, usando a imagem do
dono de uma loteria de Fortaleza, na intenção de aplicar golpes na internet. Os
golpistas usam os vídeos, apropriando-se ainda de logos e identidade visual da
Caixa Econômica, para vender apostas falsas da Mega-Sena.
Os vídeos usam a imagem de Alessandro Montenegro,
proprietário da Loteria Aldeota, forjando material publicitário que chama o
público para fazer apostas que, na realidade, não existem. Os conteúdos são
compartilhados por meio de links patrocinados nas redes.
Estima-se que mais de 500 pessoas tenham sido
atraídas por esses links, ao longo das últimas semanas, com destaque especial
para o fim do ano, entre Natal e Ano Novo. Em decorrência dos golpes,
apostadores têm procurado as redes da loteria legítima, cobrando solução.
Segundo o proprietário, os crimes ocorrem ao menos
desde setembro de 2024 e até o momento o caso não foi solucionado, com os
vídeos falsos ainda sendo compartilhados e atraindo cliques de desavisados.
A empresa pontua que, além dos apostadores que foram
ludibriados, os golpistas também causam dano à própria lotérica, pois alguns
dos clientes, após serem levados ao erro, não querem mais realizar apostas, com
receio de serem novamente prejudicados.
Polícia Civil
Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE)
informa que investiga o crime, caracterizado como de fraude eletrônica ocorrido
por meio virtual. Um inquérito policial foi instaurado e as investigações estão
a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, unidade
especializada da PCCE. “Mais informações serão repassadas em momento oportuno,
para não comprometer os trabalhos policiais em andamento”, destacam as forças
de segurança.
Denúncias
A população pode contribuir com as investigações repassando
informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser
direcionadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de
WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e
fotografia ou ainda via “e-denúncia”, o site do serviço 181, por meio do
endereço eletrônico: https://disquedenuncia181.sspds.ce.gov.br/.
As denúncias também podem ser feitas para o telefone
(85) 3101-7586, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernética. O sigilo e o
anonimato são garantidos.
Via GC+
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