O mundo mudou, e no universo político, acompanhar
tendências virou quase uma obrigação. A nova onda entre políticos é realizar
grandes eventos como forma de demonstrar prestígio e poder.
Nada contra festas e shows, cada um tem seu trabalho,
mas o que se observa é que o conceito de “grande político” vem se alterando.
Hoje, é comum ver autoridades que se autodenominam donas de cidades ou regiões
promovendo eventos gigantes, com atrações de peso, como se o tamanho da festa
fosse um reflexo de sua influência. Em alguns casos, esses eventos funcionam
até como espécie de “troféu”, exibindo aliados ou prefeitos que estão alinhados
com determinados deputados federais, em vez de mostrar resultados concretos
para a população.
Seria muito mais interessante ver políticos
discutindo soluções para saúde, educação e infraestrutura, compartilhando
experiências e oferecendo apoio mútuo para melhorar a vida das pessoas. Mas, em
vez disso, o foco tem sido cada vez mais no espetáculo. Eventos públicos estão
se tornando, na prática, privados: bares tomam conta, ambulantes são
esquecidos, e camarotes servem para reforçar ainda mais a imagem de prestígio.
Essa tendência, que vem crescendo especialmente no
Nordeste, levanta reflexões importantes. Grandes shows em municípios que não
têm caixa compatível podem comprometer as finanças públicas, extrapolando
limites fiscais e deixando de lado o que realmente importa: políticas que
beneficiem a população.
No fim, fica o alerta: política não é sobre tamanho
de palco ou número de atrações, mas sobre resultados concretos e serviços de
qualidade para quem mais precisa.
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