A Câmara Municipal de Forquilha recebeu, nesta quarta-feira (15), uma denúncia formal contra a vice-prefeita Bruna Gomes Frota Araújo. O documento, protocolado no dia 13 de outubro pelo eleitor Abelardo Cavalcante Vasconcelos Neto, acusa a vice-prefeita de abuso de poder e promoção pessoal com recursos públicos, durante o período em que exerceu interinamente o cargo de prefeita, entre 20 e 25 de maio de 2025.
De acordo com o texto da denúncia, Bruna Frota teria utilizado a estrutura da Prefeitura para organizar um evento alusivo ao Dia das Mães, realizado em 24 de maio mais de duas semanas após a data oficial da comemoração. Segundo o denunciante, a festividade teria servido como “palanque político” para promover a imagem pessoal da gestora, com a distribuição de eletrodomésticos e brindes de alto valor, sem amparo legal nem transparência sobre a origem dos recursos.
O documento cita violação aos princípios constitucionais da impessoalidade, legalidade e moralidade, além de descumprimento do artigo 37 da Constituição Federal, que proíbe o uso de símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades públicas.
A presidente da Câmara, vereadora Maria das Neves Ferreira (PSB), determinou a leitura da denúncia em plenário, conforme o Decreto-Lei 201/67, e submeteu a matéria à votação. Dos 11 vereadores, oito votaram a favor do recebimento da denúncia e dois foram contrários — Eliezer Siqueira (PV) e Carlos Wagner, o Peinha (PT).
Com a aprovação, foi criada uma comissão processante
composta por três parlamentares: Léo Galinha (PSB) como relator, Babi Siqueira
(PSB) na presidência e Frota Neto (Republicanos) como membro. O grupo será responsável
por apurar os fatos e emitir parecer sobre o prosseguimento ou não do processo.
Bruna Frota, vice-prefeita de Forquilha, que rompeu politicamente com o prefeito Ednardo Filho, se pronunciou na noite de quarta-feira (15/10), por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, sobre as acusações apresentadas contra ela. Bruna afirmou ter sido surpreendida por uma denúncia infundada, classificando-a como um ato criminoso. A vice-prefeita disse ainda ser vítima de perseguição por ser mulher e mãe, e declarou estar de consciência tranquila.
Caso as denúncias sejam confirmadas, ela poderá responder por infração
político-administrativa, com possibilidade de perda do mandato.
A Câmara segue acompanhando o caso, que promete
movimentar o cenário político de Forquilha nas próximas semanas.
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