quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Ceará registra, em novembro de 2024, o maior número de focos de calor em 16 anos

 


Com 2.475 focos de calor, novembro de 2024 foi o pior do mês neste quesito no Ceará desde 2008. O período também marcou um aumento de 33,24% em relação à média, de 1.835 focos. As informações são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), compiladas em plataforma disponibilizada pelo órgão e que monitora os focos. A ferramenta, que foi lançada pela Funceme no último mês de novembro, reúne dados de 11 satélites de monitoramento, que permitem o acompanhamento em tempo real da distribuição dos focos.

Em entrevista ao OPINIÃO CE, a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, destacou a preocupação com a situação.

Em novembro, o Ceará foi a terceira Unidade da Federação (UF) do País no número de focos de calor detectados. O Estado ficou atrás apenas do Pará, que teve 9.555 focos, e do Maranhão, que totalizou 4.046 focos, conforme os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo ela, a temperatura, em 2024, está mais alta do que a do ano passado. “Em relação às temperaturas, se ano passado foi quente, esse ano tivemos municípios como Barro e Quixeramobim, com temperaturas chegando a 38°, 39° celsius”. Ainda como explicou Meiry, em relação às medições diárias, foram pelo menos 10 picos de temperatura superiores a 40° C em novembro de 2024, com os maiores valores registrados na estação do município de Barro.

A especialista informou que, para um foco de calor ser identificado via satélite, ele precisa ter pelo menos 30 m² de área e representar uma elevação da temperatura em relação ao seu entorno. É necessário que a temperatura da superfície do local esteja em pelo menos 47° C para ser identificado como um foco de calor. Caso haja as condições necessárias para tal, o foco pode se tornar um foco de incêndio, situação que não ocorre sempre, mas que acontece na “maioria das vezes”.

Conforme ela, uma pesquisa de mestrado no Sertão Central, após o monitoramento dos focos vistos no satélite e os incêndios que efetivamente aconteceram, foi descoberto que 76% dos focos identificados ocasionaram em queimadas. A pesquisa foi realizada em Quixadá, na área dos monólitos.

Fonte: Opinião CE

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